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Construir uma Casa Aberta e Solidária (2)

em 16/10/2014 | 00h00min

Construir uma Casa Aberta e Solidária (2)

“A nossa casa é um canteiro aberto no qual o Espírito Santo orienta para uma profunda formação espiritual, intelectual, comunitária e apostólica”.
Neste dias, dedicados aos trabalhos de aprofundamento do tema capitular, pedimos à Madre e a algumas Conselheiras Gerais que partilhem algumas reflexões e a experiência do Capítulo.

A nossa é uma casa em saída missionária?  O que significa concretamente.   quais impulsos para um novo ímpeto missionário?

Ir. Alaíde Deretti: «Para o Instituto, ser casa em saída missionária significa perguntar-se se estamos hoje verdadeiramente presentes nas “periferias” escolhidas por Dom Bosco e Madre Mazzarello, para servir e promover a vida, segundo os critérios do Evangelho.  Ser casa em saída missionária é permanecer e/ou potencializar nossas presenças nos contextos pobres, não fechar obras que acolhem e servem os mais pobres, enfrentar com alegria, criatividade e esperança os cansaços, as dificuldades, inclusive aquelas econômicas, trabalhando em sinergia com a Igreja local e com os organismos presentes no lugar, sem apegar-nos a seguranças econômicas ou a espaços de poder (cf EG 80).  Uma casa em saída implica uma mudança não só geográfica, mas também de mentalidade: mudar nossos paradigmas, o modo de raciocinar, as estruturas mentais.  Ir em direção a quem tem necessidade, para favorecer a cultura do diálogo, da partilha e da fraternidade.  O impulso para um novo ímpeto missionário é antes de tudo a “conversão pastoral e missionária” (EG 25), que implica a conversão do coração, a renovação pessoal, a consciência de que cada uma de nós é chamada por Deus para doar a vida e a cada uma de nós foi confiada uma missão».

Que papel tem a comunicação social durante o grande evento do capítulo geral xxiii?

Ir. Giuseppina Teruggi: «Estou convencida de que todo o CG XXIII é um grande evento de COMUNICÇÃO,  da fase preparatória à sua realização atual, até a fase seguinte, de pós-Capítulo. Como Âmbito CS, há muito tempo estamos em ação para torná-lo tal, para compartilhar com todas as FMA, nas Comunidades Educativas, informações oportunas, notícias, vídeos, de maneira que o CG pudesse entrar efetivamente em todas as nossas casas, para fazer sentir que cada FMA, leigos e leigas, jovens, podem participar dele de alguma forma!  Agora, todas nós do Âmbito para a Comunicação Social estamos empenhadas, dia após dia, nesta empresa entusiasmante e envolvente.  O Site web demonstra isto: nós o preparamos desde um bom tempo, cuidando dos detalhes, para torná-lo um espaço aberto, interessante, uma companhia diária, que acompanha passo a passo o acontecimento destes meses.  Várias Capitulares, que constituem a ‘Comissão de Comunicação’ estão colaborando conosco: uma equipe preciosa, empenhada em várias frentes de comunicação, de informações, de fotos, de entrevistas, de documentação.  O que desejamos é saber comunicar boas notícias para um raio sempre mais vasto de pessoas».

Quais caminhos e qual etilo você sugere para que uma comunidade possa viver a espiritualidade da solidariedade?  e para que saiba realizar uma gestão inovada?

Ir. Vilma Tallone: «O caminho traçado por Jesus para viver a solidariedade, como caminho de santidade, são as Bem Aventuranças, cultivando a mansidão que leva a acolher com alegria a diferença, a simplicidade do pobre que sabe partilhar, a resiliência de quem carrega o sofrimento do irmão, a pureza de coração que liberta as mãos e a vida...
O fundamento e também a finalidade de uma gestão inovadora é a fé na Providência, que leva a otimizar, também com processos modernos de gestão, de programação, de controle, de criatividade produtiva, os poucos recursos de que se dispõe.  Trabalha-se para que cada realidade alcance maior sustentabilidade econômica, que assegure sua duração a serviço da missão, privilegiando as classes mais frágeis».

Da experiência de vida das comunidades em nível mundial, quais sonhos e sinais de bem e/ou de esperança aparecem?

Ir. Carla Castellino: «Os sinais de bem são muitos! Nas comunidades se respira o espírito de família, concretude e criatividade.  A vida religiosa é vivida no estilo do trabalho, simplicidade, essencialidade e sobriedade. Torna-se visível o testemunho de alegria, de compartilhamento da missão com os leigos, de comunhão na comunidade eclesial e no território. Em muitos contextos se enfrenta o desafio da interreligiosidade e da interculturalidade. Nas realidades particularmente desafiadoras, porque marcadas pela violência, injustiças sociais, indiferença e ignorância religiosa, pobreza de todas as espécies, as comunidades são um bem mais precioso ainda, insubstituíveis e o povo as aprecia e as considera pontos seguros de referência.  Grande é o empenho para construir redes, buscar sinergias, para responder aos desafios de hoje e para colaborar com a Igreja local, com os grupos da Família Salesiana e com os vários organismos de participação, convencidas de que o carisma é um dom do Espírito para o bem da sociedade e da Igreja.  Um sonho é que nós, FMA, nos tornemos sempre mais conscientes de que, na Comunidade Educativa, somos chamadas a testemunhar e a transmitir o carisma, a estabelecer relações profundas na linha evangélica da justiça,  da transparência, da clareza e do respeito aos papeis de cada um, para tornar “Deus acessível” a todos com a nossa vida».

Fonte: Redação