senha

Palavra da Inspetora - Outubro

em 12/10/2020 | 00h00min

Palavra da Inspetora - Outubro

 Circular 10/2020

“A Vida é Missão. 

Eis-me aqui. Envia-me.” (Is 6,8)

Queridas Irmãs,

No coração do nosso Instituto está a vocação missionária. Assim lemos no Art. 6 das Constituições: “O da mihi animas cetera tolle, que levou Dom Bosco e Madre Mazzarello a se tornarem dom total aos pequenos e aos pobres, é a alma da nossa missão educativa. Impele-nos a ir ao encontro das crianças e dos jovens das classes populares, especialmente as mais pobres, para cooperar na sua plena realização em Cristo. Procurando manter vivo o impulso missionário das origens, trabalhamos para o Reino de Deus nos países cristãos e nos que ainda não foram evangelizados ou se descristianizaram, com vigilante atenção às exigências dos tempos e às urgências das Igrejas particulares.”

Neste momento somos convidadas e chamadas e sermos discípulas missionárias, a deixarmo-nos mover pela esperança, a expressar na gratuidade o amor misericordioso do nosso Deus para tantas vidas doadas de forma solidária, principalmente, neste momento em que o mundo passa pela pandemia do Covid-19 que mudou completamente a dinâmica das relações humanas. 

Sim, como batizadas somos também enviadas por Cristo, em missão principalmente nesse tempo de isolamento social, onde somos chamadas a sermos profetizas da ternura levando a todos a esperança de podermos sonhar com um mundo mais humano, justo e fraterno.

Papa Francisco na sua pródiga e variada literatura nos fala de diversos modos que, ser vocacionadas como cristãs batizadas é responder ao chamado de Deus, e como missionárias, sair e fazer-se próximo, e cuidar com o coração samaritano dos irmãos e irmãs. É olhar com os olhos de Jesus o irmão mais necessitado, aquele desprovido de tantos recursos, os que estão caídos e clamam por mãos samaritanas. Deus vê a miséria de seu povo e ouve seu clamor (cf. Ex,3,7-10).

Hoje, nas realidades que estão do lado de fora das nossas casas, e também no interno dos nossos círculos de convivência, dos nossos reservados recintos, certamente há tanta dor, tantos clamores. É preciso que eduquemos e sensibilizemos nosso olhar, nosso coração para enxergar mais limpidamente e ver sem véus, e então, sair ao encontro de muitos com coragem e ousadia proféticas, como fizeram nossos fundadores, Dom Bosco e Madre Mazzarello e se tornarem dom aos pequenos e aos pobres. 

Quando pensamos vida samaritana, em fraternidade, estamos dizendo que é preciso ter um olhar profundo sobre a vida em todas as suas dimensões, desde o seu princípio até o seu fim natural, e sobre a vida do planeta, a nossa casa comum. E com o Bom Samaritano aprendemos que no contexto pedagógico de Jesus a proposta é sempre aquela de sermos discípulas, a aprender com o Mestre a cuidar da vida como bem maior.

A vida humana nasce do amor, cresce no amor e se desenvolve no amor. Deus continuamente se manifesta como aquele que amou o mundo a ponto de dar a própria vida. No amor infinito Ele toca e transforma corações e mentes para que sejamos também nós portadoras do seu amor de misericórdia.

A exemplo de Maria, a Missionária do Pai, sejamos também nós mulheres de profunda interioridade, mulheres sábias, auxiliadoras no meio dos jovens, transformando nossa vida num perene Magnificat.

Meu abraço fraterno, Ir. Ana Teresa

Fonte: Redação