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Palavra da Inspetora - Agosto

em 29/08/2020 | 00h00min

Palavra da Inspetora - Agosto

Inspetoria Nossa Senhora da Penha RJ/ES - Circular 08/2020

“Es preciosa a meus olhos... Eu te amo”.  Is 43,4

Queridas irmãs,  

‘Amados e Chamados por Deus’. Este é o tema do mês vocacional deste ano. E poderíamos acrescentar ‘e enviados em missão’, pois, não existe vocação que não seja em vista de uma missão, de um mandato de Jesus.

Desde o seio materno fomos geradas e amadas no Amor. Sim, nossa vocação tem origem na eternidade. Deus, nos amou, nos ama, com amor eterno (cf Jr31)! Eterno quer dizer, sem começo e sem fim, desde sempre, fiel e para sempre.

Ao falar de Deus Amor, tocamos a essência da mensagem bíblica, Deus nos amou por primeiro. “Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei” (Jr 1,1-5).  Em Jeremias vemos que sua vocação nasceu quando ainda estava no ventre da mãe, onde Deus o conheceu, o consagrou e o constituiu para ser profeta para as nações (Jr 1,5). A missão e a sua realização, confirma o chamado. Jeremias tem consciência que ele é um consagrado. “Eu te consagrei” (Jr 1,5b). E como profeta foi seduzido por Deus. “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7). Estas palavras proferidas por Jeremias demonstram como ele compreendeu o mistério da vocação e deixou-se encantar e, consequentemente mergulhou na vida do Senhor da Vida e de seus mistérios.

E a Maria de Nazaré, ainda jovem, Deus dirigiu o seu olhar amoroso, tomando-a pela mão e guiando-a para dizer o seu sim ‘Eis-me aqui’ pleno e generoso (Lc 1,38). A partir daí ela progrediu na consciência da própria vocação, na escuta das situações que aconteciam no dia a dia de sua vida, na de seu Filho e na vida do povo, mesmo nas situações aparentemente incompreensíveis (Lc 2,50-51).

Toda a existência de Maria está sob o olhar benevolente de Deus. A complacência divina a acompanhou sempre. Esta realidade é reafirmada, reforçada e explicada na segunda palavra do anjo: “encontraste graça junto de Deus”. Maria encontra-se imersa numa forte corrente de amor, sua vida é conduzida por um fluxo de gratuidade que vem de Deus. Mesmo sem muito compreender aquela proposta, Maria confia, aceita e se lança generosamente à missão a ela designada. 

Ao longo de toda a sua vida, Maria continua a multiplicar e a difundir por toda parte a pura alegria da qual está plena, aquela que brotou da saudação do Anjo: “Alegra-te Maria” e que se torna mais íntima e profunda pela sua experiência de ser sacrário de Deus. Experimentar Deus na própria vida.

O Mestre chama todos à santidade. A vocação à santidade ativa em nós a paixão pelo Reino, mobilizando-nos a levar adiante a missão, a ir aos lugares do mundo onde há mais necessidade e ali realizar obras duradouras de maior proveito e fruto. Deus nos escolheu para sermos santos e imaculados na sua presença e vivermos de modo extraordinário e pleno a vida cotidiana.

Como vocacionadas, seguidoras de Jesus e movidas por um olhar novo, entramos em comunhão com a realidade tal como ela é. Trata-se de olhar o mundo como “sacramento de Deus”. Um olhar capaz de descobrir os sinais de esperança que existem no mundo; um olhar afetivo, marcado pela ternura, compassivo e por isso gerador de misericórdia; olhar que compromete solidariamente e nos faz geradoras de vida. 

O mesmo Deus que um dia dirigiu a cada uma de nós o seu olhar amoroso e nos chamou e nos guia pela mão, continue nos acompanhando para que, com imensa alegria, entusiasmo e gratidão renovemos diariamente o “Eis-me aqui”.

Com carinho meu abraço, Ir. Ana Teresa

Fonte: Redação

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