Palavra de Ir. Ana Teresa
em 08/12/2015 | 00h00min
Inspetoria Nossa Senhora da Penha - Circular – Dezembro / 2015
O Deus da revelação tem um nome: "Deus da esperança"(Rm15,13).
O mundo precisa de Deus.
O Advento ensina-nos a fazer-nos presentes na história da salvação,
a entender o amor como única saída de nós mesmos
e a solidariedade plena com os que sofrem e estão à margem.
Homilia Papa Francisco
Advento é um tempo de preparação para o encontro com o Senhor, no Natal. Um real reencontro com Jesus, o Salvador de todos. Tempo oportuno para repensar a nossa vida, nossa resposta cotidiana às exigências do Evangelho. Tempo em que tomando a nossa vida nas mãos olhamos a caminhada percorrida e cientes de nossas fragilidades, nossas pobrezas, mas também agradecidas pela ação poderosa de Deus que nos recria continuamente e realiza em nós, manifestações do seu amor, nos dispomos a abrir nosso coração para a sua vinda: Ele vem para habitar entre nós! Armará entre nós a sua tenda!
A palavra conversão, no grego significa uma radical mudança de mentalidade. Mudança que só é possível se em nós há espaço para a graça. O Advento pode ser este tempo de graça, pode se tornar tempo oportuno para uma revisão de vida, para descobrir quais são as curvas, montanhas e pedras que teremos que tirar para que o Senhor realmente possa habitar nos nossos corações.
A conversão é processo permanente e urgente, que exige uma vontade de mudar a orientação da nossa vida, e uma abertura para a graça de Deus, que é capaz de fazer maravilhas em nós. Somente percorrendo este caminho, tudo em nós será transformado da morte para a vida e então, Jesus poderá renascer em nossos corações e o natal será a festa do verdadeiro nascimento. Há alegria maior que esta?
Toda a liturgia do Advento é apelo para se viver alguns comportamentos essenciais do cristão: a expectativa vigilante e alegre, a esperança, a conversão, a pobreza.
A expectativa vigilante é acompanhada sempre pelo convite à alegria. O Advento é tempo de expectativa alegre porque aquilo que se espera certamente acontecerá. Deus é fiel. A vinda do Salvador cria um clima de alegria que a liturgia do Advento não só relembra, mas quer que seja vivida.O Batista, diante de Cristo presente em Maria, salta de alegria no seio da mãe.O nascimento de Jesus é uma festa alegre para os anjos e para todos que ele vem salvar (cf. Lc 1, 44.46).
O Advento é o tempo da grande educação à esperança: uma esperança forte e paciente; uma esperança que aceita a hora da provação, da perseguição e da lentidão no desenvolvimento do Reino; uma esperança que confia no Senhor e liberta das impaciências, desânimos e tristezas que tantas vezes habitam os corações humanos.
Advento, tempo de conversão: não existe possibilidade de esperança e de alegria sem retornar ao Senhor de todo coração, na certeza de sua presença viva no meio de nós.A vigilância requer luta contra o torpor e a negligência; requer prontidão e, portanto, desapego de tudo que nos amarra por dentro. Se, convertido a Deus, tornamo-nos filhos da luz e, por isso, permaneceremos acordados e resistiremos às trevas, símbolo do mal.
Esse comportamento de vigilante espera na alegria e na esperança exige sobriedade, isto é, renúncia aos excessos e a tudo aquilo que possa desviar-nos da espera do Senhor.
2016 será “um ano santo extraordinário para viver, na essência de cada dia, a misericórdia: ‘Sede misericordiosos como o Pai é misericordioso’. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida”(Carta do Papa Francisco)
Neste Natal - alarguemos nosso olhar para enxergar com misericórdia o mundo fora de nós e então diante do presépio poderemos adorar o Deus-Menino. Sejamos sinais luminosos de uma esperança e de uma alegria próprias de quem sabe depositar a confiança num Deus forte e Senhor da vida. Que as pessoas que estão ao nosso redor sejam contaminadas por estas certezas: somos pessoas de esperança, acreditamos num mundo possível onde o amor, a justiça, a fraternidade e a paz permeiem todo e qualquer espaço onde haja a Vida.
Continuemos animadas pelo jeito simples, fraterno e profundo com que Ir. Silvia nos visitou. Que suas palavras francas e incisivas, para cada uma, continuem fazendo eco em nós e nos dêem possibilidades de caminhar mais felizes.
Agradeço, desde já, àquelas que convidadas a construir novos caminhos noutra comunidade em 2016,se dispuseram com sentido de pertença e fé. Creiam, Deus lhes abrirá grande espaços de felicidade e de profunda alegria! Alegria daqueles que colocam suas vidas nas mãos de Deus com confiança.
Boas Festas de Natal e Ano Novo!
Abraços com carinho e fraternidade – Ir. Ana Teresa
Fonte: Redação
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