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Palavra da Inspetora - Novembro

em 06/11/2016 | 00h00min

Palavra da Inspetora - Novembro

Circ.112016  -  Inspetoria Nossa Senhora da Penha

Queridas Irmãs,

Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: 

de sermos chamados filhos/as de Deus! (1Jo 3,1)

O mês de novembro suscita em nós, vocacionadas por excelência ao serviço na gratuidade a  dar graças a Deus pelo seu imenso amor por nós e a tornar visível a vocação à santidade vivida no cotidiano como resposta ao amor infinito de Deus.

É bom perceber que o Espírito Santo é quem nos dá dinamismo e coragem, que impulsiona nosso coração e nossas energias para vivermos segundo a vontade de Deus Pai. O Senhor está em nosso coração para nos orientar e dar sabedoria e discernimento para nossas ações e escolhas. Sabemos que não cai uma folha de árvore sem que Deus permita; não cai um fio de nosso cabelo sem que seja da vontade de Deus.

O psicólogo espanhol Enrique Rojas, em sua obra “O Homem Moderno – A Luta Contra o Vazio” (Editora Mandarim, 1996), diz que no final do século, se veria a sociedade do bem-estar no Ocidente, “sociedade, em certa medida, doente que emerge o homem moderno ou light, um sujeito cuja bandeira é uma tetralogia niilista: hedonismo-consumismo-permissividade-relatividade. Tudo é costurado pelo materialismo” (in Prólogo, pág. 11).

Contrapondo ao “homem light”, ele nos apresenta o “homem sólido”, ou seja, o homem que vai à direção do bem, que está repleto de amor, isto é, o homem que vai em direção daquilo que sacia a profunda sede do infinito que todos trazemos dentro de nós (pág. 32). Esta afirmação do grande psicólogo é uma verdade já constatada por Santo Agostinho: “nosso coração está inquieto, enquanto não descansa em Deus”.

Pois bem, viver o cotidiano em busca da santidade, nada mais é do que encontrar aquele relacionamento com Deus, que aquieta e silencia todo niilismo que o mundo de hoje nos oferece. Todo ser humano, criado à imagem de Deus traz em si a sede do infinito, que somente o infinito, Deus, pode saciar.

Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, em Mt 5, apresenta à multidão que o ouvia o caminho da santidade e da alegria de viver, ao proclamar as bem-aventuranças: pobreza de espírito, consolação dos aflitos, mansidão, misericórdia, pureza de coração, propagadores da paz, sofrimento em prol do reino de Deus, perseguição e injúrias pelo nome de Jesus. Todavia, para trilhar esse caminho, é necessário ter o coração em Deus e utilizar os critérios de Deus, “encontrar um tesouro”; não julgar, perdoar e amar aqueles que nos perseguem. No dizer o Mestre de Nazaré, viver, enfim o amor. 

São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios traz as seguintes características do amor cristão: “O amor é paciente, o amor é benigno; não é invejoso, não se vangloria, não se inflama de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita, não leva em conta as injustiças sofridas, não se alegra com a injustiça, mas congratula-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”(1Cor13, 4-8).

E, numa atitude de profundo reconhecimento se coloca diante do Deus-Trindade para agradecer o grande amor por aqueles que Ele escolhe, consagra e envia a ser para e com os jovens, resposta de amor e prolongar no tempo o “Magnificat” de Maria. 

E nesse impulso de agradecer e reconhecer os gestos de fraternidade que tecem o nosso cotidiano quero dizer com o coração feliz um grande obrigada pelas inúmeras manifestações de carinho, as delicadezas de todas que se fizeram presentes na Festa da Gratidão inspetorial. São atitudes concretas que com certeza se multiplicarão e deixarão marcas para as gerações futuras. Obrigada, ainda pela generosidade nas doações em prol das melhorias da Casa Inspetorial.  Também aqui se vê o milagre da partilha: o pouco de cada uma, de cada comunidade se faz muito quando é para todos. Passando pela Casa Inspetorial vocês poderão ver o resultado da fraternidade, da partilha, do colocar em comum. Obrigada!

Continuemos a caminhada, agora em direção à Assembleia Formativa da INSP. E com alegria e entusiasmo abramo-nos ao novo que já está acontecendo no nosso meio, nas nossas realidades de missão.

Maria aquela que teceu no seu ser mulher o Magnificat nos acompanhe sempre.

Com carinho meu abraço, Ir. Ana Teresa

Fonte: Redação