senha

XXIIICG Segundo Dia de Retiro

em 12/09/2014 | 00h00min

XXIIICG Segundo Dia de RetiroNo segundo dia dos Exercícios Espirituais (12/09), a figura de Jesus Cristo e a fé nele foram o centro das reflexões propostas por Dom Thomas Menamparampil. Ele começou a meditação falando sobre o fenômeno da secularização e o seu significado nos diferentes contextos mundiais. Um mundo secularizado que, entretanto, pode estimular a vida religiosa a questionar-se e a entrar em diálogo com aqueles que, mesmo tendo posições diferentes, buscam a verdade.
Dom Thomas destacou. «Aquilo que chamamos de valores seculares estão plenamente de acordo com os valores judaico-cristãos, como a dignidade humana, a honestidade, o interesse pelos outros e a participação, a democracia, o direito de ter voz, a igualdade de raça, de gênero, de oportunidades, a tolerância em relação aos outros e às suas diferenças, a imparcialidade, a abertura a Deus e ao transcendente. Todos estes valores, na realidade, constituem a essência dos valores humanos e estão também no centro das preocupações e do interesse dos cristãos. É importante saber que as pessoas ‘não praticantes’ não necessariamente são descrentes. No mundo de hoje, há muito mais fé do que se pensa.»
Em contextos como os de hoje, é preciso que a vida religiosa seja capaz de crer e de tornar visível a própria fé, testemunhando com a vida, um modo diverso de se viver certos valores humanos que são defendidos até mesmo por quem deseja uma sociedade sem religião. Esta pode parecer uma tarefa nada fácil.
Dom Thomas acrescentou: «É realmente estupendo que o Senhor tenha escolhido uma pessoa incompetente em tantos aspectos para ser o intérprete desta Mensagem; mas é uma maravilha ainda maior ter-nos escolhido para sermos testemunhas do seu Amor na atividade missionária. Porque “Deus amou tanto o mundo que mandou o seu Filho” (Jo 3, 16). A grande tragédia do cristianismo é que os grandes intérpretes competentes da sua mensagem (missionários, educadores) nem sempre foram igualmente testemunhas autênticas do seu Amor na realidade da vida (amigos ternos e carinhosos). Isto é o que Papa Francisco nos recomenda continuamente. É possível que a distância entre os ideais cristãos e o modo prático de vivê-los seja maior do que a distância entre os próprios ideais e a vida daqueles agnósticos que estão verdadeiramente comprometidos com o bem da humanidade?
Justamente quando o mundo não merecia o Seu amor, Deus enviou o seu Filho (Rm 5,6). Ou seja, quando estávamos imersos na violência, na corrupção e no pecado, melhor dizendo, secularizados, Deus nos revelou o seu amor, para que também nós pudéssemos amar-nos uns aos outros. O dom deste amor explosivo da parte de Deus é a surpreendente Boa Notícia para as pessoas deste mundo sofrido».

Fonte: Redação