Palavra de Ir. Ana Teresa
em 17/10/2017 | 00h00min
Inspetoria Nossa Senhora da Penha - Circular 10/2017
Queridas Irmãs,
Maria “ajuda a manter vivas as atitudes de atenção,
de serviço, de entrega e de gratuidade”,
indicando assim “qual é a pedagogia para que os discípulos
nesta escola possam se manter fiéis à Palavra e, então “sentirem-se em casa”
(DA 272)
Maria mulher de escuta, da celebração. A discípula e missionária do Pai.
Certamente foi num momento de grande intimidade com o Senhor que Maria escutando e acolhendo a Palavra no coração, decidiu acolher a grande missão que a aguardava. No encontro com o Anjo, Deus visitou a humanidade e Maria foi a casa aberta onde Deus habitou e fecundou de vida nova a humanidade.
A oração a conduz para uma ação concreta, de saída de si, rumo ao outro necessitado, deixando de lado suas necessidades e enfrentando os desafios inerentes a sua missão. Sua atitude de saída é um gesto de amor incondicional à vida. Acolhendo o projeto de Deus na sua vida, acolhe e promove uma vida nova, que transformou a história do mundo, justamente por ser alguém que estava em contato íntimo com Deus, no serviço aos irmãos. No assumir radicalmente sua grandiosa missão, ela colaborou de forma muito singular na obra redentora de toda a humanidade, trazendo novas possibilidades de vida para todos, na dinâmica do amor.
Maria acompanha de perto e participa do primeiro sinal, milagre da ação de Deus Pai na vida de seu filho Jesus. Esse episódio marca muito sua vida. E ainda hoje meditando e rezando na vida esta passagem das Bodas de Caná percebemos que Maria continua a nos ensinar a fazer a vontade de Deus e a vivenciá-la, mesmo quando não percebemos o alcance da sua presença e dos sinais.
Ela cantou os louvores do Senhor no Magnificat (Lc 2, 46-55), recordando que a dimensão da festa é essencial na vida de quem trilha os passos de Jesus. E aqui é bom lembrar-se das palavras dos Bispos em Aparecida, nº 271: Ela, que “conservava todas estas recordações e meditava em seu coração” (Lc 2,19; cf 2,51), ensina-nos o primado da escuta da Palavra na vida do discípulo e missionário. O Magnificat ‘está inteiramente tecido pelos fios da Sagrada Escritura, os fios tomados da Palavra de Deus. Assim, se revela que nela a Palavra se encontra de verdade em sua casa, de onde sai e entra com naturalidade. Ela fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus. Além disso, assim se revela que seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus, que seu querer é um querer junto com Deus. Estando intimamente penetrada pela Palavra de Deus, Ela pode chegar a ser a mãe da Palavra encarnada”.
E confrontando os Atos do CGXXIII, nº 51 lemos: “Maria, estrela da nova evangelização, que sabe reconhecer os passos do Espírito nos grandes acontecimentos, bem como naqueles que parecem imperceptíveis, nos confia seu estilo de humildade e ternura, de serviço e audácia na missão evangelizadora. Na mudança de época que estamos vivendo, o empenho de ser com os jovens casa que evangeliza não é só o de melhorar alguma coisa. Requer de todos uma real conversão missionária, o exercício da maternidade de Maria, para se tornar Igreja que gera, faz crescer, corrige, alimenta, acompanha e conduz pala mão..., uma Igreja capaz de redescobrir as vísceras maternas da misericórdia. Sem a misericórdia, pouco podemos fazer hoje para nos inserirmos num mundo de ‘feridos’, que têm necessidade de compreensão, de perdão, de amor”.
A vocação missionária surge no encontro com o Mestre e desse encontro o entusiasmo de estar a serviço do Reino. Maria reencanta sua vocação à maternidade quando toma consciência e assim vai se tornar também mãe dos discípulos do seu Filho. Mãe da Igreja nascente, da humanidade seguidora de seu Filho Jesus.
Peçamos à Mãe, nossa Auxiliadora, a graça de ‘abrir o coração para acolher as moções interiores da graça de Deus; alargar o olhar para reconhecer as necessidades mais autênticas e as urgências mais gritantes do mundo que nos cerca e nos desafia a darmos passos de discípulas e missionárias do Mestre Jesus sendo sinais de comunhão que gera vida.
Meu abraço fraterno - Ir. Ana Teresa
Fonte: Redação
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