Palavra de Ir. Ana Teresa
em 19/12/2016 | 00h00min
Inspetoria Nossa Senhora da Penha - Circ.12/2016
Queridas Irmãs,
“O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz” (Mt 4,16)
Assistindo e sabendo da realidade de milhões de irmãos no momento em que passa o nosso país, que Natal queremos celebrar?
Como celebrar o Natal, hoje, sabendo que o país vive situações sociais alarmantes? Os desempregados ainda são milhões. Muitos têm emprego informal, sem garantia de direitos. A violência cresce, em todas as partes. Os professores são mal remunerados. Os hospitais continuam precários e superlotados. Os ecossistemas são destruídos. A disparidade de renda é grande. O acesso à alimentação, à habitação e à terra é restrito. Os índices assustadores de violência confirmam a tragédia na qual nos encontramos. E perguntamo-nos: resta-nos esperança?
A resposta, creio eu, é: Sim, há esperança! Não a confundamos com expectativa. Para compreendê-la, comparemos com uma mulher grávida. Todo o seu ser vai se transformando em vista do novo que ele está gerando. Amando-o ela se engaja. A esperança é assim, nos encoraja, nos compromete com a novidade que desejamos.
Certamente desejamos e construímos no dia a dia o Natal da fraternidade, de ações em favor dos socialmente excluído, da convivência saudável, o Natal do respeito à vida, da honestidade, da sobriedade, da gratuidade e da solidariedade. O Natal do que é essencial.
O essencial, sem dúvida, é Jesus Cristo. É seu Natal que celebramos. Inspiremo-nos, para isso, na exortação do apóstolo Paulo: “Não vos conformeis com as estruturas deste mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito” (Rm 12,2).
Celebremos, pois, o Natal como um novo nascimento, aprendendo com as crianças e os adolescentes, a desejar o que é, na realidade, necessário; aprendendo também com os mais calejados na vida, a lutar pelo que é justo.
Renovemos, pois, nosso engajamento com o Menino-Deus, de gestar uma coexistência humana realmente justa e fraterna. Que nossos projetos pessoais e sociais correspondam ao que celebramos no Natal. Que esse Natal seja, portanto, digno de um novo nascimento. Assim como “o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz” (Mt 4,16), que nossa luz seja Jesus, luz a iluminar e dar sentido à nossa vida, às nossas ações em favor do bem. Ele sim, nos conduz pelos caminhos da justiça e da paz.
Que a festa do Natal que preparamos durante o advento nos leve ao encontro com Jesus e como discípulas e missionarias que descobrindo o verdadeiro tesouro saem para torná-lo conhecido de todas as pessoas, também nós anunciemos com nossa vida um tempo novo, de esperança, paz e fraternidade. Sabemos que, o encontro com Jesus transforma também o nosso cotidiano, cria e alimenta a comunhão, torna-nos, junto com os jovens e toda a comunidade educativa, evangelizadoras convictas, profecia para o mundo. Que este Natal seja diferente no interior das nossas comunidades como espaços de celebração da vida nova que nasce todos os dias.
Boas Festas de Natal um Ano Novo de muitas realizações, muita luz e vida nova para todas.
Meu abraço fraterno, Ir. Ana Teresa
Fonte: Redação
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