senha

Palavra da Inspetora D

em 15/12/2018 | 00h00min

Palavra da Inspetora D

Inspetoria Nossa Senhora da Penha - Circular 12/2018

Queridas Irmãs,

O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; e aos que estavam detidos na região e sombra da morte, a luz raiou”. Lucas 1,78-79 


Natal é a festa da luz, da Alegria, da Vida!

Já vislumbramos bem perto o Natal de Jesus. Uma luz está se despontando!  Se o Advento é o tempo propício para ampliar a visão, para rever e retomar o caminho, para projetar luz nas múltiplas possibilidades que nos cerca, então o Natal é o tempo propício para nascer, para renovar a Esperança.  Deus não criou as fronteiras: podemos olhar mais além, lançar por terra os limites, as distâncias e, desfazer os muros que nos mantém numa vida monótona, vazia, distante e insossa.

A celebração do Natal nos aponta para a grandeza de um Deus que amou a humanidade com amor infinito e eterno. Amou a tal ponto que se fez um de nós: “graças à infinita misericórdia do nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas, que vem para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e para dirigir os nossos pés pelo caminho da paz” (Lc 1.78-79).

O mundo de hoje clama por paz! Os grandes e poderosos estão empenhados por ela, mas enquanto cada um, pessoalmente, não tiver paz dentro de si, o mundo continuará em estado de guerra. Trevas e sombras de morte caracterizam a imagem dos nossos dias. Todas as guerras e revoltas, todos os conflitos familiares e interpessoais, as expressões desumanas de violência são expressões da inquietação que habita os nossos corações. O grande pintor Michelângelo já dizia: “Não é a pintura nem a escultura que saciam a alma sedenta”. Todo o empenho em edificar e construir a paz não trará ao mundo essa tão esperada dádiva. “Nosso coração fica inquieto até encontrar a paz em Ti, Senhor!”, dizia sabiamente Santo Agostinho. Somente Jesus poderá dirigir nossos passos pelo caminho da paz. Quem encontrou a paz com Deus numa relação filial com Jesus Cristo tem o coração saciado, feliz (plenamente feliz!), e os efeitos não se farão esperar, “porque ele é a nossa paz…” (Ef 2.14). Nos campos de Belém os anjos declararam: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem” (Lc 2.14).

Estamos em tempo de Natal, tempo que nos fala do essencial: um Deus que se faz carne, o divino que se faz humano; o eterno que se estremece diante do que é terno; o infinito que abraça amorosamente a fragilidade.

Viver este mistério é viver em Deus, compreender até onde chega a loucura de amor de um Deus que se humaniza para que nos humanizemos. 

“Deus se humanizou”: tal expressão revela que Deus é a plenitude da ternura. Na fragilidade de uma criança se esconde e se revela a grandeza divina. 

Cada nascimento é um sinal, um imenso milagre, uma grande promessa, um profundo chamado. Viver é milagre. E o maior milagre é a ternura que cuida, nutre, consola. Isso é “Deus”.

O Natal é essa ternura que ilumina a história humana, o cosmos do qual somos parte. É a confissão de que a bondade gera e sustenta a vida. É crer que tudo está eternamente movido por um pulsar profundo, criador, maior e mais poderoso que o universo, porém, mais terno e frágil que o coração de um recém-nascido. “Ele é o eterno Menino, o Deus que faltava; o divino que sorri e que brinca; o menino tão humano que é divino” (Fernando Pessoa).

E o Deus-ternura veio habitar entre nós. Dá a todos a sua paz! O mundo fica cheio de encanto e de uma alegria imensa que invade todos os espaços porque tudo fica cheio de LUZ. Tudo nasce de novo!

Faço um convite a todas: que na noite de Natal, reservemos um momento de encontro com o Menino-Deus-Ternura, e diante do presépio contemplemos o Mistério: um pequenino recém-nascido, sua Mãe e José. Certamente este cenário nos falará ao coração. E no silêncio, na pobreza e simplicidade deste lugar sagrado escute. Deixe a Palavra entrar na sua vida, na sua história. E, no silêncio do coração, sele com Ele o compromisso de uma vida doada e inteiramente consagrada ao bem da missão - Ser para os Jovens sinal e expressão do amor de Deus-Ternura, do Bom Pastor que dá a vida.

Boas Festas de Natal e um Ano Novo de muitas graças e bênçãos de Deus.


Com carinho as abraço, Ir. Ana Teresa

Fonte: Redação