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XXIIICG Entrevista

em 08/10/2014 | 00h00min

XXIIICG EntrevistaO Capítulo é um acontecimento de graça e de Espírito Santo. Perguntamo-nos como é vivido fora da Sala capitular e então entrevistamos a Diretora e algumas irmãs e leigos da comunidade da Casa Geral.

Como se vive a experiência do Capítulo fora da Sala capitular?

Ir. Judith Rivera (diretora): Desde um bom tempo a comunidade se empenhou pelo Capítulo: junho, julho, agosto foram os meses de preparação dos ambientes, de mudanças e movimentos, mas sobretudo de muita oração. Agora que o CG XXIII está acontecendo, ainda que estejamos fora da Sala capitular, somos a comunidade mais envolvida em sua celebração real. Como o vivemos? Rezamos e oferecemos nosso trabalho sereno, conscientes de que estamos vivendo um momento de graça e portanto invocamos para as Capitulares o dom da escuta e a disponibilidade para o confronto. E ainda compartilhamos os momentos de festa e de fraternidade, participamos das Boas Noites, nas quais, alternando-se as diversas Conferências Interinspetoriais, contam como vivem em sua realidade. Que o Capítulo possa chegar aos corações das nossas comunidades e se tornar ocasião de renovação para todo o Instituto.

De que modo vocês estão envolvidas e que clima vão respirando?

Senhora Orietta (italiana): Este é o quarto Capítulo Geral que vejo acontecer. Trabalho na lavanderia com duas fma. Há uma boa organização entre nós, o trabalho é bastante, mas o realizamos com serenidade, ajudando-nos. O clima que se respira é alegre e de colaboração! Obrigada e bom Capítulo!

Ir. Concetta: Para mim, no entanto, é o oitavo Capítulo, mas é sempre uma novidade! Há um clima de fraternidade e de serviço, de sacrifício e de generosidade incansável. Às vezes temos aparência de cansadas porque há muito que preparar cada dia, mas ficamos felizes com a possibilidade de compartilhar as alegrias, as expectativas e o cansaço que nossas irmãs, dos 95 países aqui presentes, partilham conosco.

Senhora Carol (italiana de raízes jamaicanas): Desde o dia 15 de setembro passado fui admitida como auxiliar na cozinha, neste Capítulo Geral. O ar que se respira é de grande cordialidade e contato humano. As relações com as Superioras e as companheiras de trabalho são de respeito e o trabalho é realizado com diligência. Em tantos anos de trabalho no setor de alimentação, nunca tinha sido objeto de tanto afeto e consideração; parece-me estar trabalhando em um ambiente altamente familiar.

Quais são as expectativas para o Capítulo Geral XXIII?

Ir. Sophie (polonesa): Que o Capítulo suscite nas comunidades o desejo de se tornarem “casas” nas quais a fé seja vivida em profundidade, a oração como experiência vital que transforma o cotidiano e a fraternidade como expressão de amor e de atenção para com todos.

Ir. Geralda (brasileira): Faço votos de que esta experiência nos ajude a compreender que devemos ser “casa que acolhe”, antes de tudo entre nós, em nossa comunidade, porque somente assim poderemos acolher e evangelizar os jovens com nosso testemunho de mulheres consagradas felizes e coerentes. E que nos ajude a encontrar caminhos e estratégias para sermos religiosas e comunidades “em saída”, como pede o Papa Francisco.

Ir. Tecla (brasileira): Sonho que o Capítulo abra um horizonte novo de esperança e de felicidade. A comunhão é o primeiro e insubstituível testemunho, que somos chamadas a dar ao mundo de hoje: “Vejam como eles se amam”. Cada comunidade e fma podem transmitir paz, harmonia, serenidade. Para os jovens precisamos oferecer o testemunho alegre da nossa vocação e a radicalidade evangélica.

Ir. Dely (peruana): Desejo que cada fma cresça na corresponsabilidade, pois as mudanças que esperamos com o Capítulo dependem também de nós, da resposta que damos na concretude do cotidiano e na medida em que somos capazes de ir contra a corrente. Espero que este Capítulo nos ajude a dar novamente o primado a Deus e a retornar às origens, àquele clima fraterno, simples, feito de gestos, de atenções e de bondade, lugar de encontro com Deus e com todos.

Quais são os principais desafios que o CG XXIII deveria enfrentar?

Ir. Elena (Consultora para a Pastoral Juvenil): O principal desafio, parece-me, deve ser o de “mudar perspectiva”. Ela vai ao n. 8 do Instrumento de trabalho: Compreender o mundo, sobretudo o mundo juvenil e feminino, compreender a vida consagrada a partir da perspectiva das periferias geográficas e dos “lugares onde se vive a experiência do pecado, da dor, da injustiça, da violência, da ignorância, da indiferença”. Como fma estamos já presentes em tantas periferias, a serviço dos mais pobres e marginalizados. Nossa vida consagrada, a missão educativa com os jovens, a fraternidade com tantas mulheres e famílias, o trabalho em rede com tantas pessoas de boa vontade, a educação evangelizadora, tudo é vivido para alcançar a meta que é o anúncio do Evangelho da alegria.

Fonte: Redação