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A Outra Face do Capítulo (2)

em 11/11/2014 | 00h00min

A Outra Face do Capítulo (2)Continua o intercâmbio de experiências multiculturais apresentadas pelas irmãs das Conferências Interinspetoriais na Boa Noite.  São culturas e realidades pastorais muito diferentes, unidas, porém, pelo único carisma. Nossas comunidades educativas estão empenhadas em obras educacionais diversificadas para responder aos muitos desafios de cada contexto.

A Conferência Interinspetorial da América do Norte ( NAC) compartilhou a experiência de comunhão vivida com o processo de inculturação do Projeto de formação, realizada no processo de configuração da própria Conferência.  Solicitada pelo Capítulo Geral XXI a ser testemunho profético de comunhão, foi iniciada a redação de um Projeto baseado em uma visão comum, para todas as fases da formação inicial, encarnada em um projeto dinâmico e progressivo de vida rumo à unidade vocacional.  A experiência de fraternidade e de busca de cada Inspetoria colocou as bases para uma proposta de formação, para as fma das 3 inspetorias, e levou a um conhecimento recíproco, ao crescimento e unidade no interior da mesma Conferência.  O processo envolveu todas as comunidades locais e as jovens da formação inicial.  O caminho de animação vocacional foi favorecido pelos encontros formativos, as conferências, encontros, experiências vocacionais do “vinde e vede”. Foram preparados cartazes, deu-se atenção ao envolvimento das famílias das jovens em formação, houve também a partilha com os grupos nacionais e internacionais de formação religiosa.  O aprofundamento da espiritualidade de Madre Mazzarello, na formação inicial,foi o primeiro passo para conhecer um modelo de vida consagrada centralizado em Cristo, apaixonado pelo Reino, com um forte espírito missionário e uma alegria profunda e contagiante. A experiência em comunidade tornou-se um momento de crescimento recíproco e de compartilhamento responsável da missão.

A Conferência Interinspetorial do Brasil (CIB) apresentou o caminho de colaboração e sinergia entre FMA e SDB para a constituição da Rede de Escolas do Brasil. Iniciado em 1994, teve uma grande evolução durante os anos seguintes. Nascido de uma proposta de pesquisa-ação em conjunto das escolas FMA-SDB, seguindo as linhas orientadoras da ESA – Escola Salesiana América - , chegou-se à constituição da Rede de Escolas (RSE) e a aprovação, por parte das Inspetorias SDB e FMA do Brasil, de um projeto inédito na história do Brasil. A RSE, como rede de escolas, firmou um acordo com a RSB (Rede Salesiana Brasil) e tem a responsabilidade de:

* concretizar, no processo educativo, a Pedagogia Salesiana;
* adotar o material didático específico para o inteiro arco da Educação de base, nas diversas áreas do saber e nas disciplinas do currículo escolar brasileiro;
* participar do processo de formação oferecido pela RSE;
* aderir às propostas enviadas pela RSE com um projeto pedagógico-pastoral próprio. 

A coordenação da RSE ofereceu um lugar institucional comum, um quadro de referência para a elaboração do PEPS (Projeto educativo pastoral salesiano), o material didático específico, em cartazes digitais através do portal futurum.com.br e a casa editora Salesiana (EDEBE), a formação contínua de educadores e gestores nos diversos âmbitos: gestão, comunicação e avaliação, segundo as linhas propostas pela ESA e pelas Conferências Interinspetoriais FMA-SDB.

A RSE definiu sua natureza e estrutura jurídica constituindo a RSB (Rede Salesiana Brasil), que é uma Associação civil de direito privado, dirigida por um estatuto próprio e pela legislação atual no Brasil. Este foi um passo audacioso para assegurar a gestão salesiana integrada ( SDB+FMA) dos projetos da RSE assim como de outros projetos compartilhados juntamente com outras redes de escolas. Sua finalidade é assegurar a sustentabilidade do projeto educacional salesiano no Brasil, nas várias formas em que se apresenta: Rede Salesiana de Escolas, Rede Salesiana de Comunicação Social, Rede Salesiana de Ação Social.
  
A Conferência Interinspetorial do Cone Sul da América Latina (CICSAL) apresentou a experiência da Escola Salesiana na Argentina, já no seu terceiro ano de vida. Este projeto nasceu de uma escolha comum entre os Conselhos Inspetoriais das 5 Inspetorias Salesianas na Argentina: três das FMA e duas dos SDB.  Com este projeto foi iniciado também o Projeto Nacional sobre as “Novas Fronteiras Juvenis” com atenção particular aos jovens mais pobres. Esta escolha foi suscitada pelo compromisso e desejo de um retorno às fontes carismáticas das origens, para atualizar o carisma e avaliar as práticas educativas salesianas nos diversos contextos. O projeto é animado pelo grupo das ex-alunas e ex-alunos argentinos da Escola de Professores de Salesianidade do Equador (Quito). Sua metodologia é estratégica, caracterizou-se pela mentalidade processual e, portanto, ativou percursos histórico-espirituais, bem como experienciais e comunitários.  Os destinatários deste processo são animadoras e animadores de todas as casas salsesianas FMA-SDB e os representantes dos diversos setores e obras de todas as comunidades educativas.  O percurso prevê a duração de dois anos e alguns meses residenciais, em cada comunidade, onde se elabora uma reflexão partilhada, que depois é apresentada e entregue a um tutor que acompanha em todas as fases o processo.  Depois de dois anos, o grupo que viveu a experiência de formação juntos, consagrados e leigos, restitui o processo na própria comunidade, favorecendo a formação contínua e sempre mais alargada a outros membros da comunidade educativa.  Esta iniciativa apareceu como inovadora, para celebrar, como Família Salesiana na Argentina, o Bicentenário de Dom Bosco e revitalizar o Da mihi animas cetera tolle, favorecer o encontro com Jesus e ir em direção aos mais pobres com coração oratoriano.  

Fonte: Redação