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Uma Agência Mundial Contra o Tráfico de Pessoas

em 22/04/2015 | 00h00min

Uma Agência Mundial Contra o Tráfico de Pessoas

“Tráfico de seres humanos: questões mais além da criminalização”. Após quatro dias de trabalhos voltados a este tema, concluiu-se nesta terça-feira (21 de abril) a 21ª Sessão Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. No encontro com os jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé, a Presidente da instituição vaticana e alguns de seus membros apresentou o resultado do debate entre estudiosos, docentes universitários e funcionários de organizações governativas, que confluíram a uma série de recomendações, que serão publicadas em breve. Uma medida defendida, é a criação de uma Agência Mundial contra o tráfico, com autoridade para fazer aplicar os protocolos assinados por vários Estados.

Margareth Archer, repassou em linhas gerais os temas tratados durante os encontros, destacando a necessidade de impedir não somente a oferta de pessoas escravizadas, mas também a procura, ou seja, os empresários que exploram o trabalho forçado e que utilizam a prostituição. A Presidente explicou também a dramática situação das pessoas vítimas do tráfico que são repatriadas. Estas pessoas, que na maioria pertencem a famílias pobres ou miseráveis, quando regressam arriscam a própria incolumidade.

Archer explicou que entre os objetivos do milênio, “queremos para os próximos 15 anos chegar a inserir a eliminação ou ao menos a redução do tráfico de pessoas” e aquilo que conseguirmos em relação a trabalho forçado, prostituição, tráfico de órgãos, escravidão doméstica. Se vamos ou não conseguir isto não o sabemos, mas “falaremos sobre isto também com o Secretário da ONU em 28 de abril próximo, quando estará aqui no Vaticano”. Depois, os dois pontos chave sobre os quais se trabalhou nestes dias foram as modalidades de proteção das vítimas – que prevê a necessária distinção entre imigrado ilegal e a pessoa escravizada, para que possam denunciar – e os caminhos para reduzir a demanda.  

Fonte: Redação